No mundo dinâmico da conformidade regulatória, adaptar e encontrar soluções eficazes é fundamental para garantir que as organizações não apenas cumpram os regulamentos, mas também otimizem seus processos. Neste episódio do podcast “Papers Al Dia” da Complif, tivemos o prazer de conversar com Ana Belén Rojo, consultora independente e especialista em conformidade bancária, que compartilhou suas experiências e lições aprendidas no setor financeiro.
Ana Belén começou sua carreira no Deutsche Bank, onde trabalhou na implementação de sistemas como o home banking. Posteriormente, ele assumiu cargos de liderança em conformidade regulatória e prevenção à lavagem de dinheiro (AML) no Banco Of America e no Standard Bank. No ICBC, ele liderou a integração do primeiro banco asiático na Argentina, enfrentando desafios culturais e regulatórios que lhe permitiram desenvolver uma visão ampla do setor financeiro global.
De acordo com Ana, a chave para o sucesso no mundo financeiro está na adaptabilidade. Desde o impacto da Lei 25.246 em 2000 até a implementação das regulamentações pós-crise financeira global, a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças foi essencial em sua carreira.
“O mundo financeiro é dinâmico e os reguladores emitem regulamentações com base em crises. A adaptação é fundamental para sobreviver e prosperar.”
Em 2019, Ana decidiu dar um salto na consultoria independente, oferecendo serviços para agentes de mercado, corretores e outras entidades. Além das regulamentações, sua abordagem se concentra no suporte contínuo, entendendo as necessidades específicas de cada cliente e oferecendo soluções práticas.
Ana ressalta que o vínculo com o cliente é essencial:
“O cliente precisa confiar em seu consultor, e isso se constrói com a presença na implementação e monitoramento das regulamentações.”
A pandemia também desempenhou um papel crucial, pois acelerou a digitalização e facilitou o trabalho remoto, permitindo que ele aconselhasse clientes em todo o país de maneira eficiente.
A implementação regulatória geralmente enfrenta resistência interna, especialmente em grandes organizações. Para Ana, é fundamental trabalhar “setor por setor” para ganhar confiança e garantir a aplicação correta dos controles.
Em pequenas empresas, a conformidade regulatória pode parecer um desafio insuperável. Ana enfatiza a necessidade de encontrar soluções e estratégias tecnológicas adaptadas ao tamanho e aos recursos da organização.
A digitalização transformou processos como integração digital e identificação biométrica, mas também apresenta novos desafios regulatórios. Ana destaca a importância de adotar ferramentas tecnológicas que melhorem a eficiência sem perder de vista a conformidade.
A conformidade não serve apenas para evitar multas, mas para proteger a reputação da empresa. De acordo com Ana, a perda de confiança devido a violações ou ataques cibernéticos pode ser devastadora e difícil de recuperar.
Um conceito que Ana enfatiza é o monitoramento baseado em riscos, que permite que as organizações priorizem os recursos e se concentrem nos clientes e nas operações mais importantes. Isso requer uma autoavaliação constante e uma compreensão profunda da carteira de clientes.
Conselhos práticos de Ana:
“Identifique os 20% dos clientes que geram 80% da sua lucratividade. É aí que você deve concentrar seus esforços de monitoramento.”
Para Ana, o futuro da conformidade regulatória é marcado pelo aumento da digitalização e pelos riscos emergentes, como ataques cibernéticos. Além disso, menciona o impacto de novas regulamentações relacionadas a ativos virtuais, sustentabilidade e responsabilidade social corporativa.
Uma mensagem final:
“A tecnologia não substituirá o julgamento humano, mas pode automatizar processos repetitivos, permitindo que as empresas se concentrem em análises mais profundas e estratégicas.”
A experiência de Ana Belén Rojo destaca que a conformidade regulatória não deve ser vista como um fardo, mas sim como uma oportunidade de melhorar processos, reduzir riscos e criar confiança com clientes e reguladores. Sua abordagem prática e adaptabilidade o tornam uma referência para empresas que buscam cumprir as regulamentações de forma eficiente e sustentável.
Fundador da Compliance Argentina
Fundador da Compliance Argentina. Com mais de 25 anos de experiência no setor financeiro, ele se matriculou no Conselho Profissional de Ciências Econômicas da Cidade Autônoma de Buenos Aires, reforçando seu compromisso com a ética e a qualidade profissional. Ele foi membro titular do Comitê de Conformidade da Associação de Bancos da República Argentina (ABA) e atualmente é membro da Associação Argentina de Ética e Conformidade (AAEC). Ele é especialista em regulamentações da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV), do Banco Central da Argentina (BCRA) e da Unidade de Informações Financeiras (FIU). Ao longo de sua carreira, ele implementou controles, procedimentos e políticas de PLD e KYC/KYB, códigos de conduta e diretrizes anticorrupção.
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